terça-feira, 30 de junho de 2009

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Documentário expõe perigos na indústria alimentícia dos EUA.

Frangos com peitos maiores, artificialmente engordados. Novas cepas da bactéria letal E. coli. Alimentos controlados por um punhado de grandes corporações. O documentário "Food, Inc." estreia nos Estados Unidos na sexta-feira, retratando esses perigos e as transformações operadas na indústria alimentícia norte-americana, afirmando seus efeitos prejudiciais à saúde pública, ao meio ambiente e aos direitos dos trabalhadores e dos animais. Grandes corporações como a Monsanto, produtora de alimentos geneticamente modificados, as empresas de carnes americanas Tyson Food Inc. e Smithfield Fods e a produtora de frangos Perdue Farms se negaram a conceder entrevistas para o filme. Mas a indústria alimentícia não se calou. Associações comerciais representativas da indústria de carne nos EUA, que movimenta 142 bilhões de dólares por ano, se uniram para refutar as alegações feitas no filme. Lideradas pelo Instituto Americano da Carne, criaram vários sites na Internet, incluindo um chamado SafeFoodInc.com (Alimentos Seguros.com). A campanha delas afirma que os alimentos norte-americanos são seguros, abundantes e de preços acessíveis, enquanto o filme afirma que as imagens de animais pastando em fazendas verdejantes, impressas nos rótulos de produtos alimentícios, são enganosas. "Food, Inc." explora o argumento de que os alimentos não vêm de fazendas simpáticas, mas de fábricas industriais que priorizam o lucro, e não a saúde humana. O filme mostra imagens rodadas dentro de unidades de produção de gado bovino e suíno e de frangos. Algumas foram gravadas por trabalhadores imigrantes, mostrando a falta de espaço dos trabalhadores e dos animais. A fazendeira Carole Morison, do Estado de Maryland, autorizou a entrada das câmeras para mostrar frangos morrendo antes de serem postos no mercado, devido, disse ela, à engorda rápida promovida pelos antibióticos inseridos nas rações. Morison disse que, depois disso, a Perdue encerrou o contrato que tinha com ela. De acordo com o filme, as grandes empresas americanas do setor alimentício hoje fazem uso amplo de técnicas industriais vinculadas a problemas crescentes, como obesidade, diabetes, salmonela, cepas tóxicas da bactéria comum E. coli, e poluição ambiental. O filme afirma que os consumidores podem provocar mudanças, apontando para o caso de Gary Hirshberg, cuja fazenda Stonyfield hoje vende sua linha de produtos orgânicos na rede gigantesca Wal-Mart, devido à demanda.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Assembleia de SP proíbe venda de coxinhas, doces e refrigerantes em cantinas escolares


A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou na última quarta-feira (15) uma lei que proíbe as cantinas em escolas públicas e particulares de vender alimentos com gordura trans, considerada prejudicial à saúde. O objetivo é banir combinações como coxinhas e refrigerantes, informa reportagem de Adriana Ferraz , publicada no Agora nesta sexta-feira. O texto aguarda sanção do governador José Serra (PSDB).


Segundo a reportagem, o texto da deputada Patrícia Lima (PR) propõe uma alteração radical no cardápio: saem salgados fritos e até assados e entram, pelo menos, duas opções de fruta por dia, além de água de coco, queijos magros e iogurtes, por exemplo.


O risco da obesidade, diabetes e hipertensão entre crianças e adolescentes justifica o projeto, segundo defesa apresentada pela deputada.


Apesar de elogiado, o projeto deve enfrentar resistência. "A medida é eleitoreira e não adianta. Na saída da escola, as barracas vão continuar vendendo pastel", diz o presidente do Sieesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo), Benjamin Ribeiro da Silva.

Fonte: Folha Online

terça-feira, 19 de maio de 2009

300 funcionários passam mal após suspeita de intoxicação no ES

Cerca de 300 funcionários de uma empresa de engenharia, que trabalham em uma obra da Petrobras, em Aracruz (ES), passaram mal no início da manhã desta quarta-feira (29). Os trabalhadores chegaram no canteiro de obras com dores abdominais, vômito e diarreia.
De acordo com empresa, os funcionários em estado mais grave, cerca de 80, foram encaminhados ao hospital, e outros 40 seguiram para uma clínica. Os demais, com sintomas mais leves, foram orientados pela equipe médica da empresa ou foram encaminhados a outros postos de saúde.
A empresa informou ainda, por meio de sua assessoria de imprensa, que deu início a uma investigação interna para descobrir as causas do mal estar dos funcionários. Uma das hipóteses, ainda não confirmada, é a de que o almoço servido aos trabalhadores na terça-feira (28), providenciado por uma empresa terceirizada, tenha provocado intoxicação alimentar. Por isso, amostras da refeição foram coletadas e enviadas a laboratório para análise.
Todos os trabalhadores afetados foram medicados, segundo a empresa, e dispensados de suas atividades nesta quarta-feira. Por isso, alguns serviços na obra de construção do Terminal Aquaviário da Petrobras, em Barra do Riacho (ES), foram momentaneamente paralisados.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Sete refrigerantes têm substância cancerígena, revela pesquisa


Em uma pesquisa com 24 refrigerantes, a Pro Teste --Associação Brasileira de Defesa do Consumidor-- verificou que 7 têm benzeno, substância potencialmente cancerígena. O benzeno surge da reação de um conservante, o benzoato de sódio, com a vitamina C. Como não há regra para a quantidade do composto em refrigerantes, usou-se o limite para água potável: 5 microgramas por litro.
Os casos mais preocupantes foram o da Sukita Zero, que tinha 20 microgramas, e o da Fanta Light, com 7,5 microgramas. Os outros cinco produtos estavam abaixo desse limite. São eles: Dolly Guaraná, Dolly Guaraná Diet, Fanta Laranja, Sprite Zero e Sukita.
Fernanda Ribeiro, técnica da Pro Teste, diz que é difícil estudar a relação direta entre o benzeno e o câncer em humanos, mas que já se sabe que a substância tem alto potencial carcinogênico e que, se consumida regularmente, pode favorecer tumores. "Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), não há limite seguro para ingestão dessa substância", diz.
A química Arline Abel Arcuri, pesquisadora da Fundacentro (Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho) e integrante da Comissão Nacional Permanente do Benzeno, diz que o composto vem sendo relacionado especialmente a leucemias e, mais recentemente, também ao linfoma.
O fato de entrar em contato com o benzeno não significa necessariamente que a pessoa vá ter câncer --há organismos mais e menos suscetíveis. "Mas não somos um tubo de ensaio para saber se resistimos ou não, e não há limites seguros de tolerância. O ideal, então, é não consumir", diz Arcuri.
O benzeno está presente no ambiente, decorrente principalmente da fumaça do cigarro e da queima de combustível. Na indústria, é matéria-prima de produtos como detergente, borracha sintética e náilon.
Nesse caso, não contamina o consumidor por se transformar em outros compostos. A principal preocupação é proteger o trabalhador da indústria.
O efeito do benzeno é lento, mas, quanto maior o tempo de exposição e a quantidade do composto, maior a probabilidade de desenvolver o tumor.


Fonte: Publicidade FLÁVIA MANTOVANI da Folha de S.Paulo 05/05/2009

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Menores de 1 ano devem evitar o consumo de mel


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda que crianças com menos de um ano de idade não consumam mel. O objetivo da orientação é prevenir a ingestão de esporos da bactéria Clostridium botulinum, bacilo responsável pela transmissão do botulismo intestinal. Não existem restrições ao consumo de mel por crianças com mais de um ano de idade e adultos sem problemas de saúde relacionados à flora intestinal.

Apesar de não haver confirmação de casos da doença no Brasil, a atuação da Anvisa está fundamentada em publicações oficiais da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (como, por exemplo o
Manual Integrado de Vigilância Epidemiológica do Botulismo - PDF) e publicações científicas sobre contaminação do mel brasileiro com Clostridium botulinum. Resultados de pesquisas (PDF) apontam que 7% das 100 amostras de mel comercializadas por ambulantes, mercados e feiras livres, em seis estados brasileiros, estavam contaminadas com o bacilo.

O assunto foi pautado pela Agência em duas reuniões da Câmara Técnica de Alimentos, fórum formado por professores especialistas que fornecem suporte técnico à Gerência Geral de Alimentos da Anvisa. “A discussão ocorrida na Câmara Técnica de Alimentos resultou na publicação do
Informe Técnico 37, que alerta pais e educadores para não incluir o mel na alimentação de crianças menores de um ano”, explica a diretora da Anvisa, Maria Cecília Martins Brito.

O botulismo intestinal só se inicia após a transformação dos esporos do Clostridium botulinum para a forma vegetativa (início das atividades metabólicas do microrganismo). Na forma vegetativa, esse bacilo se multiplica e libera toxina botulínica no intestino. “É importante lembrar que a multiplicação do Clostridium botulinum e liberação da toxina no intestino só ocorre em crianças que ainda não possuem a flora intestinal completamente formada ou em adultos com alguma doença que possa alterar essa flora protetora”, afirma Brito.

Em adultos sem problemas relacionados à flora intestinal, o consumo desses esporos nos alimentos não gera qualquer tipo de problema para a saúde. “A vigilância sanitária está trabalhando com o princípio da precaução, uma vez que o alto teor de açúcar e a baixa atividade de água, próprios do mel, impedem a germinação do esporo e, conseqüentemente, a produção da toxina”, finaliza a diretora da Anvisa.

Botulismo
O botulismo é uma doença neuroparalítica grave, não contagiosa, resultante da ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Quando provocada pela ingestão de alimentos contaminados, é considerada doença transmitida por alimento. Nas amostras de alimentos é comum encontrar formas esporuladas do Clostridium botulinum, em especial no mel.

O botulismo intestinal é um modo de transmissão do botulismo e ocorre com maior freqüência em crianças com idade entre 3 e 26 semanas. Está associado à ingestão de esporos da bactéria presentes em alimento contaminado.

De acordo com a Portaria 5/2006, da Secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, o botulismo é doença de notificação compulsória. As suspeitas de casos exigem notificação à vigilância epidemiológica local e investigação imediata.

Fonte:
Anvisa

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Boas Práticas em Supermercados


Como as Boas Práticas se aplicam aos supermercados?

As Boas Práticas de Fabricação se aplicam à todo o estabelecimento nos critérios de recebimento, armazenamento, limpeza, higienização e controle de validade dos produtos nas gôndolas, mas especialmente às áreas de maior manipulação de alimentos, como a panificadora, confeitaria, o açougue e a salsicharia.
  • Panificadora / Confeitaria – envolve descrição da lavagem e a anti-sepsia das mãos antes de manusear alimentos preparados, acondicionamento e identificação de todos os alimentos, controle de validade, uso da temperatura dos fornos e geladeiras, uso de óleos.
  • Açougue / Salsicharia - envolve descrição da lavagem e a anti-sepsia das mãos antes de manusear alimentos, controle de temperatura das salas de preparo, câmaras e antecâmaras, embalagens de produtos fracionados e fatiados, temperatura e controle de armazenamento.
De forma geral, os itens explorados na implementação das Boas Práticas em supermercados são:
• Sistema de abastecimento de água;
• Controle de Pragas;
• Manejo de resíduos/ lixo;
• Higiene e Saúde dos Manipuladores;
• Seleção de fornecedores;
• Condições de armazenamento;
• Condições de recebimento;
• Armazenamento e transporte;
• Exposição dos alimentos ao consumidor final.

Qual a legislação aplicável para supermercados?
RESOLUÇÃO-RDC N° 216, do Ministério da Saúde, federal - 15 de setembro de 2004 – Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação, que se aplica aos serviços de alimentação que realizam algumas das seguintes atividades: manipulação, preparação, fracionamento, armazenamento, distribuição, transporte, exposição à venda e entrega de alimentos preparados ao consumo, tais como cantinas, bufês, comissarias, confeitarias, cozinhas industriais, cozinhas institucionais, delicatéssens, lanchonetes, padarias, pastelarias, restaurantes, rotisserias e congêneres.
PORTARIA CVS-6/99, do Ministério da Saúde, estadual de São Paulo - 10 de março de 1999 - Regulamento Técnico sobre os parâmetros e critérios para o controle higiênico-sanitário em estabelecimentos de alimentos.

Por que a Vigilância Sanitária exige Manual de Boas Práticas?
A Vigilância Sanitária exige Manual de Boas Práticas porque é uma forma de sistematizar e documentar todos os procedimentos da empresa, ou seja, é a descrição de toda estrutura física e organizacional da empresa e contém todos os procedimentos relacionados às atividades exigidas por legislação.
Algumas destas atividades são Controle de Pragas, Limpeza e Sanitização, Treinamento e Saúde dos Colaboradores, Manutenção Preventiva dos Equipamentos, Potabilidade de água, Controle de Tempo e Temperatura.
Além dos procedimentos, há também os registros, os quais servem como evidências de que as atividades mais importantes foram realmente realizadas e efetivas. É uma forma dos gestores monitorarem as atividades dos manipuladores e supervisores das áreas de alimentos.
O manual de BPF pode ser composto da seguinte forma:
1- Descrição do escopo da empresa, estrutura física e organizacional e principais atividades;
2- Procedimentos Operacionais Padronizados ou POP – descrição em linguagem clara e precisa das atividades exigidas na Resolução RDC 216 e outras atividades importantes para organização;
3- Instruções de Trabalho – instruções rápidas e de fácil entendimento para os manipuladores sobre atividades rotineiras, como desmonte e limpeza de alguma máquina, funcionamento e uso de determinado equipamento;
4- Registros - formulários a serem preenchidos pelos manipuladores ou supervisores da área de alimentos que evidenciam que o trabalho foi realizado.

Como o Programa "5 S ou 5 Sensos" está relacionado com BPF?
O Programa 5S é uma filosofia de trabalho que busca promover a disciplina na empresa através de consciência e responsabilidade de todos, de forma a tornar o ambiente de trabalho agradável, seguro e produtivo e é a base para implementação das Boas Práticas. Pode ser implementado inicialmente ou concomitantemente ao Sistema de BPF.
Muitos dizem que praticar o 5S é muito simples e são apenas "bons hábitos". Apesar da simplicidade dos conceitos e da facilidade de aplicação na prática, a sua implantação efetiva constitui em mudança de atitudes e hábitos. A dificuldade de quebrar barreiras e hábitos antigos constitui um aspecto crítico da implantação, pois todos colaboradores devem se preparar para mudanças e melhorias na organização e estar dispostos à incorporação de novas rotinas e nova forma de trabalhar. Portanto, a implantação do Programa "5S" precisa ser de forma sistemática e bem planejada, para melhor garantir a real mudança dos hábitos diários.

Fonte: foodsolutions