terça-feira, 26 de maio de 2009

Assembleia de SP proíbe venda de coxinhas, doces e refrigerantes em cantinas escolares


A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou na última quarta-feira (15) uma lei que proíbe as cantinas em escolas públicas e particulares de vender alimentos com gordura trans, considerada prejudicial à saúde. O objetivo é banir combinações como coxinhas e refrigerantes, informa reportagem de Adriana Ferraz , publicada no Agora nesta sexta-feira. O texto aguarda sanção do governador José Serra (PSDB).


Segundo a reportagem, o texto da deputada Patrícia Lima (PR) propõe uma alteração radical no cardápio: saem salgados fritos e até assados e entram, pelo menos, duas opções de fruta por dia, além de água de coco, queijos magros e iogurtes, por exemplo.


O risco da obesidade, diabetes e hipertensão entre crianças e adolescentes justifica o projeto, segundo defesa apresentada pela deputada.


Apesar de elogiado, o projeto deve enfrentar resistência. "A medida é eleitoreira e não adianta. Na saída da escola, as barracas vão continuar vendendo pastel", diz o presidente do Sieesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo), Benjamin Ribeiro da Silva.

Fonte: Folha Online

terça-feira, 19 de maio de 2009

300 funcionários passam mal após suspeita de intoxicação no ES

Cerca de 300 funcionários de uma empresa de engenharia, que trabalham em uma obra da Petrobras, em Aracruz (ES), passaram mal no início da manhã desta quarta-feira (29). Os trabalhadores chegaram no canteiro de obras com dores abdominais, vômito e diarreia.
De acordo com empresa, os funcionários em estado mais grave, cerca de 80, foram encaminhados ao hospital, e outros 40 seguiram para uma clínica. Os demais, com sintomas mais leves, foram orientados pela equipe médica da empresa ou foram encaminhados a outros postos de saúde.
A empresa informou ainda, por meio de sua assessoria de imprensa, que deu início a uma investigação interna para descobrir as causas do mal estar dos funcionários. Uma das hipóteses, ainda não confirmada, é a de que o almoço servido aos trabalhadores na terça-feira (28), providenciado por uma empresa terceirizada, tenha provocado intoxicação alimentar. Por isso, amostras da refeição foram coletadas e enviadas a laboratório para análise.
Todos os trabalhadores afetados foram medicados, segundo a empresa, e dispensados de suas atividades nesta quarta-feira. Por isso, alguns serviços na obra de construção do Terminal Aquaviário da Petrobras, em Barra do Riacho (ES), foram momentaneamente paralisados.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Sete refrigerantes têm substância cancerígena, revela pesquisa


Em uma pesquisa com 24 refrigerantes, a Pro Teste --Associação Brasileira de Defesa do Consumidor-- verificou que 7 têm benzeno, substância potencialmente cancerígena. O benzeno surge da reação de um conservante, o benzoato de sódio, com a vitamina C. Como não há regra para a quantidade do composto em refrigerantes, usou-se o limite para água potável: 5 microgramas por litro.
Os casos mais preocupantes foram o da Sukita Zero, que tinha 20 microgramas, e o da Fanta Light, com 7,5 microgramas. Os outros cinco produtos estavam abaixo desse limite. São eles: Dolly Guaraná, Dolly Guaraná Diet, Fanta Laranja, Sprite Zero e Sukita.
Fernanda Ribeiro, técnica da Pro Teste, diz que é difícil estudar a relação direta entre o benzeno e o câncer em humanos, mas que já se sabe que a substância tem alto potencial carcinogênico e que, se consumida regularmente, pode favorecer tumores. "Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), não há limite seguro para ingestão dessa substância", diz.
A química Arline Abel Arcuri, pesquisadora da Fundacentro (Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho) e integrante da Comissão Nacional Permanente do Benzeno, diz que o composto vem sendo relacionado especialmente a leucemias e, mais recentemente, também ao linfoma.
O fato de entrar em contato com o benzeno não significa necessariamente que a pessoa vá ter câncer --há organismos mais e menos suscetíveis. "Mas não somos um tubo de ensaio para saber se resistimos ou não, e não há limites seguros de tolerância. O ideal, então, é não consumir", diz Arcuri.
O benzeno está presente no ambiente, decorrente principalmente da fumaça do cigarro e da queima de combustível. Na indústria, é matéria-prima de produtos como detergente, borracha sintética e náilon.
Nesse caso, não contamina o consumidor por se transformar em outros compostos. A principal preocupação é proteger o trabalhador da indústria.
O efeito do benzeno é lento, mas, quanto maior o tempo de exposição e a quantidade do composto, maior a probabilidade de desenvolver o tumor.


Fonte: Publicidade FLÁVIA MANTOVANI da Folha de S.Paulo 05/05/2009